A evolução profissional das mulheres na aviação civil

Por muito tempo, a aviação civil foi uma área dominada por homens. O preconceito no setor impedia as mulheres de ocuparem posições como de mecânico e piloto comercial, por exemplo.

Segundo um levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o número de mulheres com licença para voar como piloto comercial de avião aumentou 64% entre 2015 e 2018.

Mas, apesar deste crescimento e dos avanços femininos, a participação das mulheres na aviação civil, seja no comando ou na manutenção de aeronaves, ainda é baixa

De acordo com dados, mulheres representam 3% dos profissionais com licença para voar, enquanto os homens totalizam 97%. Já na função de piloto, elas representam menos de 1%.

Quer saber mais sobre a participação e evolução profissional das mulheres na aviação civil? Continue acompanhando o artigo que preparamos!

A presença das mulheres na aviação: o início

A trajetória das mulheres na aviação teve início com a profissão de comissária de bordo, que foi criada devido à vontade de uma mulher de se tornar piloto de avião.

A enfermeira Ellen Church, que possuía a licença de piloto, sonhava em comandar aviões comerciais. Contudo, nenhuma companhia aérea aceitava contratar mulheres para pilotar as aeronaves.

E até os anos 1930, poucas companhias aéreas contratavam comissários de bordo. Na época, eram os próprios pilotos que cuidavam dos passageiros e, quando havia comissário, era sempre um homem.

Foi então que Ellen sugeriu a um executivo da Boeing Air Transport que a empresa contratasse enfermeiras para atuarem como comissárias de bordo, auxiliando e cuidando dos passageiros que tivessem medo de voar.

Desde então, a profissão de comissária de bordo — ou aeromoça — é uma das mais procuradas pelas mulheres no setor da aviação civil.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Recursos Humanos para a Aviação Civil, de 2018, 68% dos profissionais que atuam nesta área no Brasil são mulheres.

Um pouco sobre a trajetória das mulheres na aviação civil 

A cada ano que passa, as mulheres conquistam cada vez mais espaço no mercado de trabalho. Mas no setor aeronáutico, ainda é nítida a diferença entre homens e mulheres em alguns cargos, como de pilotagem e manutenção.

De acordo com dados da ANAC (2020), o número de mulheres habilitadas para voar como piloto aumentou, mas não atingiu 2% em comparação com a classe masculina.

E um dos principais fatores para a falta de mulheres no comando de aeronaves é a ideia equivocada de que apenas os homens são capazes de atuar como pilotos, enquanto as mulheres são direcionadas para funções que demonstrem maior fragilidade.

Ainda segundo dados da ANAC, dos mais de 70 mil profissionais de aviação com licenças ativas em 2018 (comissários, pilotos e mecânicos), apenas 13% eram mulheres. Já no setor de manutenção de aeronaves, a participação feminina era de 3%.

Apesar deste cenário, o público feminino pode encontrar uma grande oportunidade profissional da área de manutenção, uma vez que características inerentes às mulheres, como foco, concentração e capacidade de raciocínio, são um grande diferencial nesse ramo.

Além de conquistar gradativamente seu espaço em áreas antes dominadas por homens, como pilotagem e manutenção, as mulheres podem ingressar na aviação civil em diversos outros cargos, como na área administrativa dos aeroportos, em companhias aéreas, órgãos públicos, etc.

A inserção das mulheres na aviação civil, apesar de ainda ser pequena, representa um grande avanço para superar os obstáculos e preconceitos ainda enraizados nesse mercado.

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